sábado, 22 de maio de 2010

Stand by me .


A escuridão da meia-noite fazia-me companhia, e eu buscava encontrar paz dentro do meu peito, buscava encontrar um reconforto; Era em vão. Eu não via mais os dias, o sol não nascia, uma noite durava 10 anos, eu estava envelhecendo. Era um beco sem saída e eu nem ao menos podia respirar, estava sufacando, estava apertado; estava doendo. Estava nublado e chovia, eu estava aos prantos. Era a desilusão que me matava, me apunhalava. Eu estava quebrantada. Era tempo de dormir profundamente.
Abri os olhos úmidos, era dia.
Lembrei-me do poeta.
Quando tudo está perdido, sempre existe um caminho, quando tudo está perdido, sempre existe uma luz ...
Minha luz teria um nome, então.

Agora parecia um sonho. Meus olhos brilhavam, e não era de solidão.
Pela janela a brisa do vento entrava e tocava meu rosto com delicadeza, os raios do sol penetravam por todo quarto. O céu estava azul. Podia sentir uma sensação de conforto ali, eu via fadas, e via anjos; eu via a vida, eu via seus olhos. Eu sentia como se fosse o amor, ele sentia como se fosse o amor. Era o novo amor. Os pés estavam atolados na magia, a perfeição me estendia as mãos, meu coração tinha um sorriso plácido. Ele me fazia tão bem.

-Vem meu amor, me abrace forte e diga que me quer bem, sussurre romântismo em meus ouvidos,
segure minha mão e vamos caminhar juntos.Não me deixe sofrer com a solidão novamente. Eu preciso de você agora. Olhe em meus olhos e encoste seus lábios aos meus. Não saia daqui, é apenas o que te peço.
I want you so bad


sábado, 15 de maio de 2010

It's time.



Agora é tempo de paz. O vento soa como cantiga de ninar, o céu é azul cintilante e profundo. Não me canso de adimira-lo. O coração parece leve como uma pena que voa, parece tranquilo, limpo. Eu quase posso tocar a felicidade, quase posso alcançar as nuvens. A luz me sorri e me estende a mão com sua eterna bondade, me oferece o caminho que sonhei nas noites de transtorno. Eu caminho junto dela agora. Posso até sorrir. O branco reina. Adeus escuridão, adeus cinza;


Adeus por enquanto.
C.

Os melhores amigos do homem.


A doce solidão fazia-me companhia enquanto olhava as flores que estavam cobrindo todo o chão da rua. Era uma bela tarde de outono, as crianças brincavam de pique-esconde dentre os carros estacionados, casais de idosos passeavam de mãos entrelaçadas parecendo relembrar o passado, a brisa do vento era suave e os passáros cantavam, não havia sol. Sentei-me para observar um pouco mais aquele lugar, simples e aparentemente feliz.
Passaram-se alguns minutos - não sei ao certo quantos minutos - e deparei-me com o horário, já estava ficando tarde, teria que ir pra casa e talvez dormir um pouco.
Mas algo chamou-me a atenção.
Ele apareceu ali, farejando- talvez fosse a bolacha de água e sal que estava em minha bolsa- tinha um olhar faminto e solitário, talvez estivesse perdido, ele era uma bolinha de pelos macios e limpos, puxados pro marrom; parecia agradável de se por as mãos. Assoviei, esperando que seu olhar encontrasse o meu, ele olhou e sentou-se ao meu lado, pareceu simpatizado, suas pequenas orelhas estavam caidas, seu rabo balançando, um sorriso -cães também sorri- apareceu em sua boca. Abri a bolsa e tirei as bolachas oferecendo-lhe; o que obviamente ele não rejeitou, lambendo o fucinho e minhas mãos - com carinho-. Então aconchegou-se ao meu lado, enquanto eu o acariciava. Seu rosto era todo franzido. Parecia satisfeito ali.
Comecei a pensar em como cães são sinceros, simples, amigos.
Existem neles um diferencial extremo comparado aos seres humanos. Um cão só ladra, só morde quando tem medo, quando se sente ameaçado- legitima defesa-. Ainda assim, existem neles um amor incondicional, estão sempre ali com seus donos, defendendo e amando; com a língua á mostra, com um sorriso e um olhar de quem quer carinho, dando a pata, rolando e deitando, lambendo.
Agora ele estava com a cabeça em meu colo, pegando no sono. Lembrei-me de Laika, que provavelmente estaria esperando no portão. Por um breve momento pensei em tomar posse dele, pensei até em um nome -Apolo- ele seria mais um companhia pras minhas tardes solitárias, deitaria na cama junto aos meu pés, pediria refeição nas suas horas famintas, daria a pata e deitaria quando eu pedisse. Seria o marido de Laika, e seriamos uma família de melhores amigos. Sorriria quando eu estivesse chegando em casa. Me amaria com seu amor incondicional, e ficaria comigo até o fim de seus dias.
Um voz atrapalhou meus pensamentos e o sono de 'Apolo'.
- Spike!
Ele correu com suas patinhas pequenas e sua lingua balançando. Encontrara sua dona, e eu o vi, meu novo e antigo amigo se afastando. Ele olhou para trás e pareceu dizer 'foi um prazer' com seu olhar canino; eu retribui com meu olhar humano.

Abri o portão, e lá estava ela, com seu olhar cansado e com saudades; veio me lamber.
A noite estava um pouco fria agora, silenciosa, só era possivel ouvir o barulho do vento que parecia cantar perto da janela do quarto. Estava escuro, e estavamos em baixo das cobertas que aqueciam ambas. Ela estava comigo. Está comigo a tanto tempo. Eu sentia sua respiração e seus pelos fazendo cócegas nos meus pés.
Eu a amo. A amo tanto. Um amor verdadeiro e confiante.


Quanto aos cães; gosto de considera-los melhores, as vezes únicos, amigos.

C.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

o fim.


As lágrimas amortecem o rosto. A gota desliza suavemente, e cai, até tocar o chão. Não é possivel respirar. De repente nada existe. Apenas as quatro paredes escuras e sombrias da mente. A vida passa em uma noite, e parece ter sido completamente em vão. Erros, fracaços, e sempre o mesmo buraco no peito. A dor que sempre volta. Apesar de agora estar mais profunda, imobilizando todo o corpo, aparentemente sem cura.

Nada mais pode ser feito. O filme passa lentamente, com amor, esperança e promessas; mas naturalmente não tem um happy end. A realidade dos fatos é sempre nitida e dolorosa. A mentira diz Oi e acena, em seguida apunhala e sorri. Parece se divertir. A desilusão não tem expressões. É possivel tocar a dor. Inevitavel sentir. Suas unhas compridas arranham e rasgam tudo o que havia de belo e bonito dentro do peito. A rua parece mais deserta agora, as crianças parecem não sorrir, a porta rugi ao fechar, o sol não brilha e essa noite não há lua. Você não está aqui.
O Pra Sempre foi equivocado.
Só resta esquecer. Então, que a morte me encontre e me leve sorrindo em seus braços aconchegantes.



I still feel the love here.

C.

sábado, 8 de maio de 2010

Nada nesse mundo é Nunca Mais

Talvez nunca seja ainda uma palavra muito pesada para ser usada.
Talvez nunca devemos dizer nunca. O nunca não existe (nem o nunca mais). Nada é nunca (nada é nunca mais).
-você nunca (mais) vai conseguir; você nunca (mais) vai acreditar; você nunca (mais) vai amar; você nunca (mais) vai entender.-blá, blá! besteira, grande grande besteira.
O grande problema, é a mente pequena. A falta de confiança, de fé; acordar e lutar, querer vencer, viver, viver de novo e sempre.
Lagrimas; motivos de suicidio. Coisa de gente fraca. O mundo já acabou (ah siim! e quantas vezes) mas na manha seguinte estava tudo bem.
E o nunca?
Bem, pra quem é forte, nunca tem força o suficiente.


C.